A Federação de Vôlei do Estado do Rio de Janeiro (FEVERJ) tem um novo presidente. Após uma série de polêmicas e de adiamentos em torno da eleição para a presidência da entidade, a Assembleia Geral Eletiva (AGE) na quinta-feira impugnou a chapa da situação, encabeçada por Carlos Reinaldo Pereira Souto, que presidia a FEVERJ desde 1992. Assim, foi eleita por aclamação a chapa da oposição, encabeçada por Franco, bicampeão do Circuito Mundial de Vôlei de Praia e atleta olímpico nos Jogos de Atlanta 1996.
– Estamos muito felizes com o resultado e com a possibilidade de lutarmos para tentar mudar o quadro crítico em que se encontra o Voleibol do Rio de Janeiro e a sua entidade de administração. Depois de muita luta para que o regulamento da eleição fosse divulgado, adiamentos de assembleias, três comissões eleitorais diferentes constituídas e a necessidade de intervenções da justiça, conseguimos que a AGE fosse realizada, terminando com a nossa vitória. Na verdade, com a vitória do esporte! – disse Franco.
Participaram da AGE cinco dos seis clubes com direito a voto além dos representantes da comissão de atletas de praia e da de quadra, incluindo Flamengo, Botafogo e Tijuca. O Fluminense foi o único clube com direito a voto ausente. A Comissão Eleitoral primeiramente julgou o pedido da oposição de impugnação da chapa da situação. Souto fez a própria defesa, mas a Comissão Eleitoral julgou que as provas apresentadas pela oposição eram consistentes e impugnou a candidatura de reeleição de Souto. Depois disso, Franco foi eleito presidente da FEVERJ por aclamação.
– Mais do que tudo, fico feliz pois acredito que nós conseguimos deixar um legado em relação ao combate às velhas práticas condenáveis de gestão que ainda são muito comuns no seguimento esportivo. Eu acho que o que aconteceu aqui no Rio pode servir de estímulo para que outros grupos também lutem para promover uma inevitável renovação na cultura, gestão e governança nas entidades esportivas de maneira geral. Aproveito para agradecer aos clubes e comissões que nos apoiaram ao longo de todo o processo e à torcida de todos aqueles que lutam verdadeiramente pelo voleibol em todo o país, sem outros interesses por trás. A comunidade em peso do voleibol do Rio de Janeiro nos apoiou o tempo inteiro e é com essa comunidade que vamos reerguer o nosso tão castigado voleibol! – disse Franco.
A eleição para a presidência da FEVERJ estava marcada para o início de fevereiro, foi suspensa após uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A chapa da oposição entrou com um pedido de adiamento por falta de informações oficiais sobre o pleito. Os detalhes de como seria feito o pleito não foram divulgados até a data original. O Tribunal deu 15 dias à Federação para divulgar as regras da eleição e 20 dias para a marcação de uma nova data, o que não foi cumprido.
A chapa de oposição candidata à FEVERJ chegou a entrar com um pedido de intervenção junto à Confederação Brasileira de Vôlei. Encabeçado por Franco, ex-jogador de vôlei de praia, o grupo alegou que o atual mandatário, Carlos Reinaldo Pereira Souto, descumpriu ordem judicial para a marcação de uma nova data para a eleição, suspensa por liminar.
Um dossiê apresentado pela oposição apontou irregularidades administrativas na entidade que gere o vôlei carioca. Entre as acusações, o bloqueio de contas por problemas na prestação de contas de eventos e ações judiciais que impedem o recebimento de verbas públicas pelos próximos cinco anos. O bloqueio da conta, inclusive, gera uma outra denúncia: os atletas estariam pagando as taxas anuais diretamente na conta do atual vice-presidente, Marcos Rozemberg.
Souto, técnico da seleção brasileira nas Olimpíadas de Montreal, em 1976, chegou à presidência da Federação de Vôlei do Estado do Rio de Janeiro em 1992. Desde então, emendou sete mandatos, com apenas uma eleição com concorrência no caminho. Na disputa de 1997, venceu a chapa formada por Dulce Thompson e Jackie Silva. Tentava se reeleger pela oitava vez para continuar à frente da entidade até 2024, mais uma vez ao lado de Rozemberg na chapa “Rio 2021”.
O ge entrou em contato com a chapa da situação para buscar respostas às acusações da oposição. Foram feitas tentativas por telefone e e-mail, mas nenhum retorno. Franco afirma ter solicitado balanços financeiros ao longo do último ano, o que teria sido negado pela administração. A chapa, então, passou a pesquisar por possíveis protestos e ações ao longo do ano. Descobriu o bloqueio de contas devido a processos do Ministério Público e da União, entre outros. A dívida ultrapassa a marca de R$ 700 mil apenas nos processos encontrados.
#metropolitano2019
#metropolitanosub152019
#metropolitanosub15
#paulistasub192020
#paulista2020
#paulistasub19
#centroolimpico
#centroolimpicosp
#fpv
#abcdovolei
#volley
#volleyball
#voleibolcotp
#volleyitalia
#volleyeua
#volleyportugual
#cotp